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Desnutrição hospitalar aumenta em mais de três vezes o risco de morte em doentes

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A desnutrição hospitalar associada à doença aumenta em mais de três vezes o risco de morte em doentes e prolonga a estadia hospitalar em quase duas vezes mais em relação a doentes que praticam uma alimentação adequada.

Os dados foram divulgados por Maria João Gregório, diretora do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) da Direção-Geral da Saúde, e permitem perceber que, em determinadas situações, a desnutrição em contexto hospitalar ainda é desvalorizada em Portugal.

A malnutrição de doentes em hospitais faz disparar os custos hospitalares em cerca de 75%, revelou Maria João Gregório, esta sexta-feira, no XXI Congresso de Nutrição e Alimentação. A “desnutrição associada à doença está de facto associada a piores outcomes [resultados] de saúde. Está mais associada a maior morbilidade, mortalidade” e a períodos mais longos de internamento, afirmou.

Os dados revelados pela diretora do PNPAS resultam de um estudo coordenado pela professora Teresa Amaral e desenvolvido pela médica nutricionista Margarida Taipa, que recolheram dados em 38 hospitais de norte a sul do país. Nestes hospitais, apenas 36% dos doentes são submetidos à identificação do risco nutricional até às primeiras 48 horas após a admissão hospitalar, segundo dados de abril de 2022. Em janeiro de 2019, apenas 9% dos doentes eram submetidos a esta identificação, disse.

“Todos os doentes que estão sinalizados em risco devem ser automaticamente referenciados para os serviços de nutrição para que possa ser feita uma avaliação por um profissional com competências para o efeito”, disse a diretora do PNPAS.

Mais de 60% identificados em situação de risco

Dos doentes em idade adulta submetidos a avaliação nutricional, cerca de 63,5% foram classificados com risco nutricional. Só é possível recolher estes dados em hospitais que tenham o serviço SClínico Hospitalar. Segundo um inquérito da DGS, apenas 46% dos hospitais têm o rastreio nutricional implementado, e os enfermeiros (56,1%) são os profissionais que mais asseguram o rastreio, seguidos de nutricionistas (43,9%) e médicos (22,0%).

Apesar das dificuldades, marcadas pela falta de recursos humanos e materiais, tem sido possível verificar um aumento na realização deste tipo de rastreios em hospitais, constatou Maria João Gregório.

O Hospital Garcia de Orta, em Almada, Pragal, e a Unidade Local de Saúde da Guarda são os hospitais do SNS com melhor desempenho ao nível da capacidade de intervenção nutricional em doentes de risco, com 98,85% e 98,28% de taxa de sucesso, respetivamente.

O Programa Nacional de Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) tem canalizado esforços para promover cuidados nutricionais no serviço nacional de saúde, realizando o acompanhamento nutricional a doentes internados. O objetivo é “termos cada vez mais uma adequada prestação de cuidados nutricionais no Serviço Nacional de Saúde”, algo que tem sido possível realizar, disse Maria João Gregório.

Outra das prioridades do PNPAS, além de promover a disseminação de informação sobre boas práticas de alimentação, é melhorar o acesso a cuidados nutricionais e trabalhar para extrair dados e indicadores que possam ser úteis para analisar políticas adotadas no terreno, acrescentou.

A “desnutrição é prevalente no nosso país”, em particular na população idosa, em pessoas institucionalizadas e em hospitais, com principal enfoque nos doentes oncológicos, revelou a diretora do PNPAS.



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